Para investigar se a dieta antioxidante com vitaminas C e E, selênio e zinco pode diminuir o risco de desenvolver câncer pancreático, foi realizado um estudo que utilizou, pela primeira vez, diários de sete dias de consumo de alimentos, metodologia mais precisa de dieta em trabalho prospectivo.
O projeto envolveu 23.658 participantes, com idades entre 40 a 74 anos, recrutados para o estudo European Prospective Investigation of Cancer (EPIC) Norfolk Study. Os participantes preencheram diários de sete dias registrando o consumo de alimentos, marcas e tamanhos das porções ingeridas. A ingestão de nutrientes foi calculada naqueles diagnosticados mais tarde com câncerpancreático e em 3.970 controles, usando um programa de computador com informações sobre 11.000 alimentos. A vitamina C foi medida em amostras de soro. O risco de desenvolver câncer de pâncreas foi estimado em quartis de consumo. Os pacientes e o grupo controle foram divididos em quartis de ingestão de vitamina C, vitamina E, selênio e zinco. Aqueles que estavam no mais alto dos três quartis para cada uma das vitaminas C e E e para o selênio tiveram uma redução de 67% no risco para câncer de pâncreas, em comparação com os participantes no quartil mais baixo (HR 0,33, IC95% 0,13-0,84, P<0,05).
Estes resultados apoiam a medição de antioxidantes em estudos que investigam a etiologia do câncer depâncreas, disse Andrew R. Hart, da University of East Anglia, em Norwich. Se a associação é causal, um em 12 casos de câncer de pâncreas pode ser prevenido evitando a menor ingestão de antioxidantes.
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