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sábado, 12 de outubro de 2013

Câncer de fígado: causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e prevenção

Algumas considerações sobre o câncer de fígado
Os cânceres que atingem o fígado podem ser divididos em duas categorias: o câncer primário do fígado, tumores originários de tecidos no interior do fígado e o câncer secundário, ou metastático, originado em outro órgão e que se espalha também para o fígado. Os primários compreendem o carcinoma hepatocelular (tumor maligno das células hepáticas - é o mais frequente entre os cânceres que atingem o fígado), o colangiocarcinoma (câncer dos ductos biliares intrahepáticos), angiossarcoma (câncer dos vasos sanguíneos no interior do fígado) e, na criança, o hepatoblastoma. Apesar de ser relativamente raro (sétima posição no Brasil em 1999) o câncer primário de fígado requer certa pressa no seu diagnóstico e alta eficiência no seu tratamento, em virtude de sua potencial gravidade. A sobrevida após o diagnóstico de um paciente com o câncer de fígado, sobretudo carcinoma hepatocelular, é extremamente curto. As metástases para o fígado, contudo, podem ocorrer em até 35% dos casos de outros tumores, sendo que os tipos que mais frequentemente dão metástase para o fígado são o câncer de pâncreas, o colorretal, o de estômago, o de mama, o de esôfago e o de pulmão.
Quais são as causas do câncer de fígado?
Os fatores que mais comumente levam ao câncer de fígado variam de acordo com o tipo de câncer. No que diz respeito ao carcinoma hepatocelular, cerca de 50% dos pacientes apresentam cirrose hepática entre seus diversos fatores causais. A esquistossomose também é considerada fator de risco para esse tipo de câncer. Certos grãos e cereais, quando armazenados em locais inadequados e úmidos, podem ser contaminados com o fungo Aspergillus flavus, que produz uma substância cancerígena. Além disso, deve-se ter atenção com doenças que realizam depósito de ferro no fígado. O colangiocarcinoma está relacionado com inflamações das vias biliares, entre outros fatores, alguns dos quais ainda são desconhecidos. O angiossarcoma, por sua vez, depende de substâncias químicas como o cloreto de vinil, os arsenicais inorgânicos e o dióxido de tório, por exemplo.
Quais são os principais sinais e sintomas do câncer de fígado?
Os principais sinais e sintomas dos pacientes com o câncer de fígado são: dor abdominal, massa abdominal, aumento do fígado, distensão abdominal, anorexia, mal-estar e, em estágios evoluídos da doença, icterícia (coloração amarelada na pele e mucosas) e ascite (coleção de líquido no interior do abdômen).
Como o médico diagnostica o câncer de fígado?
Com uma história clínica bem feita já se pode constatar a evolução rápida da doença. Além de que a evolução seja assintomática durante certo tempo, a progressão dos sintomas é célere. Em geral um tumor duplica de tamanho em quatro meses, o que é um tempo muito curto, se comparado a outros tumores. Por todas essas razões o diagnóstico geralmente só é feito quando a doença já está em estágio avançado. As dosagens séricas elevadas de bilirrubinas, transaminases e fosfatase alcalina ou a súbita elevação delas em um paciente cirrótico são sugestivas de malignidade. Os marcadores de câncer, como a alfafetoproteína, geralmente apresentam valores elevados. A ultrassonografia hepática é outro recurso diagnóstico valioso. Nas metástases de tumores colorretais, pode-se notar em geral um aumento exacerbado da dosagem do antígeno carcinoembrionário (CEA). Quanto a outros exames de imagem, a tomografia computadorizada especializada consegue identificar lesões neoplásicas do fígado com exatidão, na grande maioria dos casos. Lesões muito pequenas, menores do que três centímetros, podem não ser detectadas devido à isodensidade delas com o parênquima hepático normal. A ressonância magnética não apresenta vantagens em relação à tomografia computadorizada. A laparoscopia e a videolaparoscopia permitem uma visualização direta e que se realize uma biópsia do tumor. A colangioressonância, a colangiotomografia e a colangiografia endoscópica são exames que podem ser úteis no diagnóstico e tratamento dos tumores hepáticos.
Como o médico trata o câncer de fígado?
O tratamento dos tumores hepáticos primários ou metastáticos é eminentemente cirúrgico, desde que a lesão primária tenha sido ressecada, mas a ressecção hepática deve levar em conta o estado clínico do paciente e a quantidade de parênquima hepático que restará. Nos pacientes cirróticos, somente os casos muito iniciais permitem uma ressecção hepática segura. A radioterapia é limitada pelo fato de que a dose de radiação tolerada fica abaixo da necessária para uma efetiva ação terapêutica, no entanto, pode aliviar temporariamente os sintomas. As taxas de respostas à quimioterapia são pobres e giram em torno de 10 a 30%. A quimioembolização consiste em administrar drogas e partículas de gel insolúvel por via arterial, até que haja uma estagnação do fluxo sanguíneo para o tumor, com sua isquemia e necrose dele.
Como evolui o câncer de fígado?
O tratamento dos tumores hepáticos primários ou metastáticos é pouco promissor.
Alguns casos podem evoluir com ruptura do tumor e quadro clínico grave de abdômen agudo hemorrágico.
Como prevenir o câncer de fígado?
O hepatocarcinoma pode ser prevenido por meio da utilização de vacinas contra a hepatite B.
Remoção cirúrgica precoce do tumor, quando ele ainda não produziu repercussão clínica.

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